Isabelly - Parque Villa Lobos

Algumas coisas não voltam. A infância é uma delas.
Dois anos atrás, a Isabelly era colo e cochilo. Hoje, corre. A gente se encontrou de novo — agora no Parque Villa-Lobos, em São Paulo — e eu só confirmei uma coisa: memória se constrói no presente.

A tarde veio nublada, do jeito certo. Luz suave, tudo no lugar. No final, o sol apareceu só pra assinar a cena. Teve bolhas de sabão, piquenique, risada alta, grama no joelho e aquela bagunça boa de família grande.

Foto boa não inventa sentimento. Ela registra. Não é sobre pose combinada; é sobre olhar que procura, mão que segura, riso que escapa. É isso que fica quando o tempo passa e a gente esquece o resto.

Obrigado por me deixarem estar lá. O arquivo do computador chama “ensaio de família”. Na prática, é outra coisa: patrimônio afetivo. Riqueza que o tempo não cobra de volta.